ARTIGOS:
SBPC lança
projeto para levar o papel da ciência à comunidade
A Sociedade Brasileira
para o Progresso da Ciência está lançando o
projeto "SBPC na Comunidade".
No site da SBPC podem ser encontradas informações sobre atividades científicas no Brasil, inclusive o Jornal da Ciência, publicado diariamente, e que disponibiliza envio por e-mail a todos os interessados, com clippings de notícias de Ciência e Tecnologia, informações da SBPC, artigos, eventos e outros assuntos. O endereço é http://www.sbpcnet.org.br/sbpc.html |
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DEFICIENTES VISUAIS PODEM
LER A Audioteca Sal e Luz é um projeto de utilidade pública, que visa proporcionar a pessoas cegas e deficientes visuais acesso à cultura, à educação e à informação produzindo e emprestando livros gravados em fitas K-7 em todo território nacional, possibilitando-lhes assim maior integração sócio-econômica e cultural. A Sal e Luz representa hoje um dos elementos que vêm contribuindo para aumentar a participação de deficientes visuais no mercado de trabalho. Deficientes visuais, foco deste projeto, têm garantido seu espaço no magistério, na música, na informática, em tele-marketing (pagers e cobrança), em centros de terapias corporais (massagens, shiatsu, do-in etc.), mostrando-se excelentes profissionais ao explorar outros sentidos que não somente a visão. A Sal e Luz foi
selecionada em 1998, dentre muitas outras Instituições do
Estado do Rio de Janeiro, para representar o Estado do Rio concorrendo
a nível nacional ao "Prêmio Paulo Freire -
Valorizando o Saber e o Fazer". O site da instituição
é http://www.audioteca.com.br |
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FEIRA DE CIÊNCIAS
PELA INTERNET Professores que pretendem organizar uma feira de
ciências em suas escolas podem encontrar informações
valiosas no site www.feiradeciencias.com.br, do Professor Luiz Ferraz Netto.
O destaque é para os temas relacionados à Física,
mas não somente. Para o Professor Ferraz, as Feiras de Ciências
constituem o mais completo processo de divulgação científica.
O site tem como objetivo não apenas dar sugestões experimentais
para as tradicionais feiras anuais das escolas, mas também servir
como ferramenta para auxiliar aos professores a ilustrarem os conceitos em
sala de aula no dia-a-dia. Interessante também é a forma como
o site é organizado, com os diversos assuntos divididos por Salas
de Exposições, da mesma forma que uma Feira de Ciências
real. Se você é professor, ou interessado em ciências, não deve deixar de dar uma conferida no site do Prof. Ferraz, no endereço http://www.feiradeciencias.com.br/ |
Quais os entraves para uma fábrica de chips no Brasil?
Por Ralphe Manzoni Jr. *
Publicado no site www.btechonline.com.br
O Brasil negocia uma fábrica de semicondutores com europeus e japoneses como uma das contrapartidas na escolha do padrão de TV digital. Mas, por que, até agora, o governo recebeu apenas promessas de estudos de viabilidade econômica para uma fábrica de semicondutores, item considerado vital para a indústria eletroeletrônica?
A resposta está em um estudo realizado pela consultoria de tecnologia IDC, a AT Kearney e a Azevedo Sette Advogados, e entregue a executivos do BNDES no final de 2002. O estudo apontava uma série de entraves e de desafios que precisavam ser vencidos pelo governo brasileiro para pleitear sua aceitação no clube dos países com fábricas de semicondutores.
“É viável ter uma fábrica de semicondutores no Brasil, mas é desafiador”, diz Mário Peres, diretor de consultoria do IDC Brasil, que participou do estudo. “Temos concorrentes muito fortes, como Taiwan, Coréia e Japão, com políticas de incentivos fiscais agressivas.”
Por políticas fiscais agressivas entenda-se uma série de incentivos ligados à redução de impostos (territorial e comercial) e doações de terrenos; além do que, alguns países participam do investimento, com aporte de recursos.
O estudo apontava cinco itens considerados críticos para que uma empresa de semicondutores se instalasse no Brasil:
1) Disponibilidade de mão-de-obra especializada: era considerado um dos itens mais importantes, segundo a própria indústria de semicondutores, que foi entrevistada para o estudo. Em notas de 1 a 5 (sendo 5 a mais importante), o Brasil estava no estágio 2, pois o país tem poucos doutores nesta área e a maioria trabalha no Exterior.
2) Demanda local elevada: nenhuma fábrica de semicondutores é construída pensando somente na demanda local, mas ela é um fator importante no processo de decisão. A demanda brasileira ainda é muito baixa comparada com os principais competidores, que são Irlanda, Alemanha e os paises asiáticos.
3) Proteção ao capital intelectual e lei de patentes: muito se evoluiu de 2002 até hoje, mas ainda, na visão do diretor da IDC, este é um ponto crítico, principalmente em projetos de design de semicondutores.
4) Disponibilidade e confiabilidade da infra-estrutura: inclui portos, aeroportos e boas estradas para escoamentos dos produtos.
5) Eficiência da estrutura de importação e de exportação: é a capacidade de liberar rapidamente os produtos. “Todo ano, há pelo menos duas greves da Receita Federal”, diz Peres.
Fábrica
Há três tipos de “indústria” de semicondutores. A primeira é ligada ao design, cujo capital é apenas intelectual: engenheiros, altamente especializados, que criam os projetos de chips, para que depois sejam manufaturados. O segundo processo é chamado na indústria de back-end, que é a fabricação propriamente dita. A matéria-prima para a fabricação são cilindros de silício cristalino com um índice de pureza de 99,9999%. Estes cilindros são cortados em discos muito finos, os chamados wafers (bolachas), onde serão formados os circuitos
Esta é a parte mais cara – as fábricas podem custar bilhões de dólares – mas cujo processo é quase todo automatizado, gerando pouco empregos. A terceira parte é o encapsulamento e os testes, chamados de front-end. Consiste na separação dos circuitos integrados individuais no wafer e na colocação dos mesmos em cápsulas. Com isso, ele fica pronto para ser utilizado em placas de circuito de qualquer equipamento eletroeletrônico.
“A indústria de semicondutores não é intensiva em geração de empregos”, afirma Mário Peres. “Mas o seu ecossistema, sim”. O ecossistema do setor de semicondutores consiste em indústrias químicas, que fornecem a matéria-prima para a transformação do silício, principal item para a produção dos wafers.
E por que o governo insiste em uma fábrica de semicondutores? É só observar os dados de importação. Em 2005, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), as importações do setor totalizaram 15 bilhões de dólares, crescimento de 20% sobre o ano anterior. E os componentes tiveram 65% de participação neste valor. “É uma oportunidade para que a gente passe a ter aquilo que não conseguiu nas últimas décadas e que outros países conseguiram: a indústria nessa área importantíssima de componentes eletrônicos”, afirmou Júlio Gomes de Almeida, diretor-executivo do Instituto de Estudos sobre o Desenvolvimento Industrial, para a Agência Brasil.
Até agora, o Brasil tem recebido promessas vagas sobre uma fábrica de semicondutores. Os europeus, por exemplo, disseram que precisam de um ano para fazer um estudo de viabilidade econômica. A ST Microelectronics e a Philips, segundo os europeus, têm intenção de se instalar no Brasil, segundo a proposta apresentada ao governo brasileiro. Os japoneses, que também participam da disputa pelo padrão de TV digital, também negociam com o governo brasileiro a instalação de fábrica para produzir semicondutores.
* (c) IDG Now
Empregar Deficientes Compensa?
Artigo de João Campos, publicado no site do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Coimbra (Portugal)
De fato, empregar deficientes compensa. Esta é uma realidade de hoje no mundo empresarial. Apesar de serem poucos os patrões que dão oportunidades laborais a cidadãos com deficiência ou incapacidade, aqueles que o fazem são unânimes. Empregar deficientes tem muitas mais vantagens do que dos subsídios aos quais as empresas têm direito.
Dadas as dificuldades do mercado de trabalho, acrescidas para o caso de pessoas deficientes, aqueles que têm uma oportunidade não querem desiludir o seu empregador: são os primeiros a disponibilizarem-se para trabalhar aos sábados ou gerir picos de trabalho as empresas, além de melhorarem a produtividade, ganham o respeito dos clientes e a admiração dos funcionários;
as faltas são quase inexistentes;
orgulho e fidelidade à empresa;
transmitem boa imagem para o exterior (marketing social);
Apesar dos apoios e das boas prestações, raros são os empresários que apostam em deficientes e nem todos os incapacitados têm boas habilitações literárias. Para inverter esta tendência foi criada a Associação para a Recuperação de Cidadãos Inadaptados da Lousã (ARCIL). Veja o que apurámos sobre a ARCIL: "Se tiverem ferramentas para trabalhar e condições humanas adequadas, os deficientes são tão bons ou melhores profissionais(...) São mais empenhados, têm amor à camisa e trabalham mais." Rui Antunes, sociólogo da ACAPO
Este é um exemplo de sucesso daquilo que pode ser feito. Contudo, outros projetos foram condenados à extinção por falta de apoios do governo português. Mas a realidade atual diz que apenas uma pequena minoria consegue arranjar emprego. Vejamos a situação típica de um deficiente desempregado:
Muitos deficientes vivem da esmolas;
Normalmente o único rendimento fixo que estes têm é a pensão social de 22 contos;
Os projetos que estes porventura teriam para o futuro, são diluídos na tristeza e na miséria;
A génese de uma sensação de exclusão social;
A redução alarmante dos níveis de auto-estima;
Uma alimentação desequilibrada, acompanhada por más condições de higiene, propícias ao aparecimento de doenças infecciosas graves;
Surgimento de problemas psíquicos que agravam ainda mais o estigma seja ele qual for;
O endividamento
A ideia de Eduardo Botelho era haver um contingente especial para o acesso dos deficientes à função pública. Os benefícios fiscais e monetários não chegam. Claro que isto nao seria para todos, mas sim para aqueles que tiverem elevado grau de formação académica e profissional, o que constitui um universo muito pequeno e não seria uma grande carga financeira para o Estado. Isto seria bom até para as empresas privadas terem noção das capacidades dos, aparentemente, incapacitados. Contudo, "não quero dizer com isso que não haja deficientes incapazes. (...) Provavelmente são a maioria. E isto porquê? Porque muitos deles não têm formação (...). (...) se um deficiente estiver desempregado, este vai ter que ser auxiliado pela Segurança Social, através da (...) pensão social. (...) vai posicionar-se como mero consumidor e não como um produtor. (...) considerando que é detentor de um curso superior, está-se a queimar recursos da sociedade e a desperdiçar todo o investimento que o Ministério da Educação fez na sua educação."
Em jeito de conclusão, é importante referir que, no que toca a auxílio a deficientes, todos os políticos são unânimes em boas intenções. Por vezes, não passam de palavras. Outras vezes, ficam consagradas em leis e até na própria constituição, mas não são postas em prática.
Curioso é que, mesmo numa altura em que muitos subsídios da União Europeia destinados a esta área são anunciados, sejam cessados apoios a instituições como as referidas acima.
Situação dos deficientes brasileiros no Mercado de Trabalho
Artigo publicado no site APRENDIZ - Guia de Empregos
O Brasil está muito atrasado em relação ao primeiro mundo no que se refere às políticas de emprego voltadas ao deficiente físico. A avaliação é de Steven Dubner, presidente da Associação Desportiva para Deficientes (ADD).
Inaugurada em 1996, a entidade oferece assistência a cerca de 1,6 mil deficientes no país. Hoje, Dubner - apesar do nome, um carioca que passou a maior parte da vida em São Paulo - realiza uma palestra para 70 convidados da Marsh, multinacional da área de gerenciamento de riscos e seguros.
"Se o empresário Antônio Ermírio de Moraes, do Grupo Votorantim, e Bill Gates, da Microsoft, trabalham de seis a oito horas por dia sentados, por que sua empresa não pode contratar um deficiente físico?" virou uma espécie de slogan da ADD.
Para Dubner, ainda há muito a se fazer no Brasil quando o assunto é a contração de deficientes físicos. Pela legislação do Ministério do Trabalho, empresas com mais de 1 mil funcionários são obrigadas a ter pelo menos 5% de deficientes em seu quadro de funcionários. Há, inclusive, multa prevista de R$ 5 mil para cada funcionário deficiente que as companhias deixarem de contratar. Mas, na prática, a lei é pouco aplicada.
A culpa, na avaliação do presidente da ADD, não se restringe somente às companhias. "Quando uma empresa decide contratar deficientes físicos, provavelmente não vai conseguir apenas com boa vontade", diz. Isso porque, segundo estimativas do executivo, menos de 2% dos deficientes físicos no país têm segundo grau completo. Dificuldades como a falta de transporte adaptado nas grandes cidades acabam interferindo na vida escolar do deficiente físico e atrapalham, posteriormente, na hora de conseguir um emprego.
Mesmo assim, Dubner insiste que o esforço empresarial na área deve aumentar. Ele faz uma conta simples: há hoje 25 milhões de deficientes no Brasil. Se cada um deles convive com uma média de cinco pessoas, o problema diz respeito a 125 milhões de brasileiros, ou seja, quase 75% da população nacional, diz.
Balcão de Empregos para Deficientes no Rio de Janeiro O Balcão de Empregos dos Deficientes busca facilitar a integração entre os deficientes e o mercado de trabalho. O BED entra em contato com as empresas buscando vagas e, após a colocação no mercado, é feito um total acompanhamento para que o novo empregado se adapte. A Lei Federal 8213, que dispõe sobre a obrigatoriedade das empresas (que possuírem acima de 100 empregados) preencherem de 2% a 5% de seus quadros funcionais com pessoas portadoras de deficiência, segundo o quadro abaixo: |